Advogada gaúcha é suspensa por levar 20
celulares a presídio
Luciana tem escritório no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Moradora de Cachoeirinha, ela chegou ao presídio dirigindo uma caminhonete Tucson até a porta da penitenciária. Passou pela administração do local, onde deixou o documento de identidade e o próprio celular e chegou ao parlatório, local reservado para a conversa com seus clientes.
Ela estava com uma pasta, uma bolsa, uma mochila e uma sacola local onde, segundo a polícia, foram encontrados os aparelhos.
Era meio-dia, e ela pediu ao agente penitenciário que chamasse seu quinto cliente. No momento que o agente deu as costas para a sala, ela teria se dirigido à cela onde os detentos aguardavam pelo atendimento. Segundo a polícia, quando entregou a sacola com os aparelhos aos presos, ela acabou detida.
O serviço de inteligência da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) monitorava Luciana desde janeiro, quando recebeu informações de que a profissional estaria repassando telefones.
A Penitenciária Modulada de Montenegro abriga 1.105 presos, mas tem capacidade para receber apenas 400 reclusos. Atualmente são 920 detentos na ala masculina e 185 na feminina.
O caso – sob o prisma advocatício – será analisado pelo Tribunal de Ética e Disciplina da OAB.
A Ordem está requerendo ao delegado responsável pelo caso a documentação produzida durante e após o ato de prisão, disse o presidente Claudio Lamachia. (Proc. ético disciplinar nº 292533/2011).